Nossa historia começa com uma pequena caravana de comerciantes passando
pela costa dos cascalhos dourados, um lugar peculiar onde recentemente (a
uns 30 anos) um grande e
poderoso mago transformou todos cascalhos que tocassem aquelas costas
em ouro
até que sua amada o perdoasse (o que no caso ainda não havia
acontecido). Essa
caravana queria pegar um pouco desse ouro, já que ninguém conseguiu
conquistar
aquela área, pelo nível imenso de pessoas que ali visitavam. Todos
sabiam a origem desse ouro, e todos sabiam que assim que a amada do mago
o perdoasse ou morresse, aquele ouro voltaria a ser cascalho, por
isso ninguém ficava ali muito
tempo. Mas mesmo assim ali estávamos, com nossos 4 burros, e
nossas
pequenas carroças.
A caravana tinha 2 carroças. Na primeira, iam Tom
gavião, nosso soldado e ferreiro, Lummen, nossa curandeira do deserto de
Aralcaria e eu, o velho Bill, o mago aposentado. Na segunda tinha o
Abbid, o
velho comerciante, e o seu filho, Marmut, o forte.
Só para constar, Tom é um itariano,eu sou do povo
Huzi (explicarei em breve sobre minha raça), Lummen é uma elfa (eu acho,
normalmente ela esconde o rosto com um manto), Abbid e seu filho são humanos do
deserto.
Meu trabalho na viagem, era basicamente encantar os
animais, para ganhar o tempo que gastariamos caçando e fazer fogo, que é muito
mais fácil (pra quem vê) e se leva muito menos tempo quando se domina magicamente o elemento. Mas isso não é importante agora.
Estávamos na entrada do vilarejo que rodeia a praia dos
cascalhos.O sol já se punha e eis que Tom, que guiava a carroça, grita -Abbid,
vamos parar nessa pousada aqui, já está escurecendo.
-Claro Tom.- responde o grito de Abbid ao fundo.
As carroças param lentamente e eu acordo Lummen, que
estava dormindo desde a saída da floresta.-Acorda Lummen, chegamos finalmente.
-Aaahhg, obrigado- resmunga Lummen ainda com sono.
Saímos da carroça e nos dirigimos até a entrada da
pousada. Tom e Abbid conversavam sobre como era boa a estrada até la, e o resto
de nós ficamos calados sonolentos.
Abbid bate a campainha do balcão, um velho humano branco
e velho,com barbas grandes (o que é admiravel a nós Huzis) vestido com roupas
chiques e sem um dente nos atende com um sotaque caipira-Oie gente, posso
ajudar ocêis?
-Claro meu amigo, queremos 2 quartos, por
favor.- Responde o velho Abbid oferecendo algumas moedas de ouro que conseguimos
na viagem vendendo alguns de nossos produtos.
-Ótimo, pessoal, segunda porta subindo as escadas.- diz
o velho já entregando as chaves.-Ocêis vieram por causa do ouro não foi?
Abbid responde educadamente- Claro meu caro, faremos uma
longa jornada até o sul do continente, e precisamos de uma boa quantidade de
ouro pra isso.
-Ocêis saem correndo então gente, porque daqui a pouco a
maré vai descer e se não forem logo, não vão conseguir nada.- Aconselhou o velho que passava a língua no buraco em sua boca onde deveria ter
um dente.
-Colocaremos nossos bens pertences nos dormitórios e então
aceitaremos seu conselho nobre cavalheiro.- diz Abbid com um sorriso
Subimos as escadas, e Lummen pegou a chave com Abbid.
Tom carregava as coisas de nos 3 e Abbid e Marmut entraram no outro quarto. O
quarto era pequeno para nós 3, mas o povo Huzi não dorme muito, então não me
importo em dormir em qualquer colchonete. Era um quarto de madeira, com uma
grande janela quadrada, 3 camas velhas, mas limpas. um banheiro e um armário.
Tom colocou as coisas no armário e eu e Lummen
arrumamos nossas coisas. Logo Marmut bate a porta dizendo- vamos descer, temos
logo que ir a praia.
Descemos e tomamos rédea ás carroças em direção a
praia.
As ruas do vilarejo eram de pedra e tinha muita gente
nas calçadas. era estranho dizer que aquilo era um vilarejo, porque apesar de tanta gente, ninguém ficava na
cidade, e mesmo assim, as ruas eram limpas e as casas conservadas.
Seguindo em direção ao mar, as ruas iam ficando menos
amigáveis e as casas, pareciam mais vazias. Chegamos a um grande muro, mas ele
estava quebrado em muitas partes e derretido em outra(provavelmente por
itarianos a julgar o aspecto).
paramos a carroça e Abbid disse - É aqui mesmo Tom?
-Parece que sim- respondeu Tom ja descendo e pegando
as pás que usariamos no fundo da caroça.
A praia estava lotada, principalmente por humanos e
anões, que tinham suas calças levantadas acima dos joelhos, não usavam camisa e
usavam oculos especiais para ver as conchas mais valiosas(com mais quilates).
Fomos até a praia e por 3 dias disputamos as conchas
de ouro com os demais ali presentes, mas não tinhamos a pratica que eles e
acabamos pegando poucas conxas e de baixo valor de acordo com Tom, que nem
precisava de oculos pra ver, ja que ele era um itariano do leste e tinha o olho
de Celeni.
Faltavam 3 dias para o ciclo da agua acabar(o calendário será explicado no proximo post) e nós tinhamos um plano...
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